IGP-M Março de 2024

Segundo dados divulgados pela FGV, o IGP-M de março de 2024 ficou em -0,47%, ou seja, apresentou deflação pelo segundo mês consecutivo já que em fevereiro já havia registrado deflação de -0,52%. Com esse resultado, o IGP-M acumula agora uma queda de -0,91% em 2024 e -4,26% nos últimos 12 meses.

No Índice ao Produtor, os principais impulsionadores de aceleração foram alguns alimentos in natura, como laranja, ovos e mamão. Essa tendência ascendente foi atenuada pelo desempenho mais estável de commodities-chave no IPA, como minério de ferro, café e arroz em casca, que apresentaram variações menos expressivas. No segmento de consumo, houve uma desaceleração, principalmente nos grupos Alimentação e Educação, Leitura e Recreação. No setor da construção civil, a mão de obra registrou uma ligeira aceleração, contribuindo para um aumento modesto na taxa média do índice. Essas observações foram detalhadas por André Braz, coordenador dos Índices de Preços, destacando os diversos fatores que impactaram a composição do índice durante este período.

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

Em março, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou uma queda de 0,77%, menor que a queda de 0,90% observada em fevereiro. No grupo de Bens Finais, houve uma variação de 0,03%, principalmente devido ao recuo nos alimentos in natura de 5,15% para 2,17%. No grupo Bens Intermediários, a taxa subiu 0,22% impulsionada por combustíveis e lubrificantes para a produção, enquanto o estágio de Matérias-Primas Brutas apresentou queda de 2,71%, puxada por itens como minério de ferro e arroz em casca.

O índice correspondente a Bens Finais (excluindo alimentos in natura e combustíveis para consumo) também caiu, passando de -0,25% em fevereiro para -0,22% em março. Já o índice de Bens Intermediários (excluindo combustíveis e lubrificantes para a produção) registrou alta de 0,16% em março, após uma queda de 0,22% em fevereiro.

O estágio de Matérias-Primas Brutas continuou em queda de 2,71%, puxada pelo minério de ferro, que caiu de -1,22% para -13,27%, pelos bovinos, que caíram de -0,05% para -1,95%, e pelo arroz em casca, que despencou de uma queda de 0,91% para uma queda de 10,33%. Em contraste, a soja em grão, o milho em grão e a laranja mostraram comportamento de alta.

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu para 0,29% em março, frente à taxa de 0,53% em fevereiro. Das oito classes de despesa, cinco exibiram desaceleração, com destaque para Educação, Leitura e Recreação, que diminuiu de 0,11% para -1,85%, puxada pelo subitem passagem aérea (-4,78% para -10,53%).

Outros grupos que desaceleraram foram Alimentação (1,09% para 0,68%), Despesas Diversas (1,52% para 0,81%), Comunicação (0,46% para -0,06%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,51% para 0,42%). Em contrapartida, Habitação (0,19% para 0,47%), Transportes (0,45% para 0,64%) e Vestuário (-0,17% para 0,13%) registraram aumento nas taxas.

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve uma variação de 0,24% em março, ligeiramente superior aos 0,20% de fevereiro. No grupo Materiais e Equipamentos, houve uma elevação de 0,20% para 0,26%; nos Serviços, um recuo de 0,49% para 0,14%; e na Mão de Obra, um avanço de 0,16% para 0,23%.

Confira a tabela do IGP-M histórico.

 

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